São Paulo – A cantiga “iPad não pode nesse Carnaval” foi uma das que embalou o bloco Berço Elétrico, na zona sul de São Paulo, neste domingo (19/2). O bloquinho infantil fez a alegria dos pequenos foliões, em especial aqueles que pouco ou nunca viram Carnaval por causa da pandemia da Covid-19.
Vestida de Chiquinha, personagem do seriado Chaves, Helena, 2 anos, dançava no colo do pai ainda tímida à movimentação. É o primeiro feriado de Carnaval dela nas ruas, algo estranho para a garotinha, nascida em 2020.

Bloco infantil em São Paulo (4)
Desfile do bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Local: Aclimação – São Paulo/SP
Fábio Vieira/Metrópoles

Bloco infantil em São Paulo (3)
Crianças se divertem no bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Fábio Vieira/Metrópoles

Bloco infantil em São Paulo (1)
Desfile do bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Fábio Vieira/Metrópoles

Bloco infantil em São Paulo (6)
Fantasias criativas no desfile do bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Fábio Vieira/Metrópoles

Bloco infantil em São Paulo (5)
Homem se veste de palhaço no bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Fábio Vieira/Metrópoles

Bloco infantil em São Paulo (2)
Desfile do bloco infantil Berço Elétrico, na Aclimação, zona sul de São Paulo, nesta manhã de domingo (19).
Local: Aclimação – São Paulo/SP
Fábio Vieira/Metrópoles
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“Para ela, é tudo novidade, porque nunca pegou aglomeração antes. Aos poucos, ela está se soltando. Ela ainda não entende bem o conceito de festa sem ser festa de aniversário, está começando a entender agora”, contou o agrônomo Raphael Moraes, 40 anos, pai da garota.
A chuva até ameaçou, fechando o tempo e atrasando o início do bloco, que estava marcado para as 10h e só começou depois do meio-dia. A organização do bloquinho elaborou um esquema para transmiti-lo ao vivo para pais e mães impedidos de saírem por causa da chuva.
No entanto, o tempo abriu e, aos poucos, famílias com pequenos foliões foram chegando e enchendo a rua de confetes, serpentina e muita espuma. O evento contou com artistas circenses para alegrar a criançada.
A doula Renata Slompo, 33, aproveitou para matar as saudades do Carnaval de rua e levou para a folia os filhos Nina, Romeu e Amora, de 6, 5 e 1 ano, respectivamente.
Os dois mais velhos, embora tenham nascido antes da pandemia de Covid, eram muito novos para se lembrar da folia. Renata disse à reportagem que somente agora eles estão entendendo “o espírito da coisa”.
“Está uma delícia, porque eu amo Carnaval, e eles estão participando sem forçar a barra. Estão gostando dos palhaços também. Fizemos Carnaval em casa, mas, agora, eles estão descobrindo o que é isso na rua”, afirmou.
O repertório contou com marchinhas antigas de Carnaval, forró, músicas de Alceu Valença e hits de axé da década de 1990.
Professora de dança, Ana Rubia, 39, aproveitou para cair na folia e dançar bastante com o filho, Theo, 3. O garoto fez sucesso entre os mais velhos com a cara pintada e a fantasia de Miguel, personagem de “Viva, a vida é uma festa”, animação da Pixar.
“Foi ideia dele vir assim. Ele adora o filme e queria vir de Miguel. Tivemos de dar um jeito”, contou.
Nascido pouco antes da pandemia, Theo também não se recorda dos blocos de rua. A experiência, segundo a mãe, tem sido divertida para a criança.
“Ele está adorando. Se deixar, vai todo dia assim para a escola”, afirmou.
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