Durante encontro virtual com a imprensa nesta terça-feira (21/5), o CEO da Novo Nordisk, Lars Fruergaard Jørgensen, revelou que a amicretina é uma das principais apostas da farmacêutica para o futuro. A Novo Nordisk tornou-se uma das empresas mais rentáveis do mundo após a comercialização da semaglutida, princípio-ativo do Ozempic e do Wegovy. As medicações viraram uma febre mundial por propiciarem a perda de peso rápida.

Os primeiros resultados da amicretina (a molécula ainda não tem nome comercial) foram superiores aos apresentados por Ozempic e Wegovy. Ela foi capaz de provocar uma perda de peso equivalente a 13% em apenas 12 semanas. “A amicretina vai se tornar o tratamento líder entre os medicamentos para obesidade no mundo”, aposta Jørgensen.

Além de inibir a fome ao simular a ação do hormônio GLP-1 , a amicretina imita a amilina. A amilina é um outro hormônio que participa do controle do açúcar no sangue, melhorando o metabolismo energético no corpo. A combinação das duas ações é o grande diferencial da nova droga.

Jørgensen também comemorou os resultados pré-clínicos de uma outra molécula desenvolvida pela farmacêutica Inversago, adquirida pela Novo Nordisk no fim de 2023. Essa nova molécula bloqueia os receptores de canabinoide-1 (CB1) do cérebro, que aumentam o apetite.

Sucesso do Ozempic

Jørgensen admitiu a dificuldade de atender à alta demanda pelas medicações Ozempic e Wegovy. “Estamos trabalhando para chegar a quem precisa, mas a quantidade de interessados nos tratamentos têm subido de maneira incrível”, afirmou.

De acordo com o CEO, a empresa investiu cerca de 20 bilhões de dólares na expansão e na aquisição de novas fábricas de medicamentos. O plano é que elas estejam operando entre 2025 e 2029 com capacidade total. As plantas de produção ficam na Europa e nos Estados Unidos.

Ele também garantiu que a expansão de mercado continuará controlada, como tem ocorrido nos últimos anos, para que os pacientes consigam seguri seus tratamentos. O Ozempic e o Wegovy são remédios de uso contínuo por isso a necessidade de assegurar o fornecimento da medicação para as pessoas que já são adeptas.

O Wegovy, por exemplo, ainda não chegou ao Brasil devido às dificuldades de produção. Aprovado em janeiro de 2023, o remédio só será lançado no país no segundo semestre de 2024.


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