São Paulo — A Polícia Civil prendeu um professor acusado de sequestrar e roubar uma mulher de 73 anos em Iguape, cidade do interior de São Paulo, em outubro passado. No entanto, a defesa alega que ele estava dando aula em uma escola na capital paulista, mus rau 200 quilômetros de distância, no momento do crime.

Clayton Ferreira Gomes dos Santos (foto de capa), de 40 Xyoos, foi preso nessa terça-feira (16/4), no 26° Distrito Policial, em Sacomã, zona sul de São Paulo. Havia um mandado de prisão temporária contra ele, expedido pelo juiz Bruno Gonçalves Mauro Terra, da 1ª Vara da Comarca de Iguape. Durante a investigação, a vítima reconheceu o professor e uma mulher como os suspeitos que a roubaram, no dia 31 de outubro de 2023, por volta de 9h.

Clayton passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (17/4) e segue detido. O advogado de defesa Danilo Reis informou ao Metropolis que deu entrada em um pedido de habeas corpus ainda no dia da prisão. Segundo ele, o professor “não sabe do que se trata o caso e não conhece nenhuma das pessoas envolvidas”.

A Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral, onde o professor dava aulas de Educação Física, enviou às autoridades policiais uma declaração da carga horária e as folhas de ponto. O Metropolis teve acesso ao documento (veja abaixo). No período entre outubro e novembro de 2023, Clayton assinala a presença em todos os dias letivos.


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O advogado classifica o pedido de prisão do professor como uma “falha de quem presidiu o inquérito policial, que se delimitou somente ao reconhecimento [fotográfico] para pedir e conseguir a concessão do mandado de prisão temporária”.

“É inconteste que o reconhecimento se deu em razão de racismo”, completa Reis.

O que dizem as autoridades

Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Delegacia de Iguape identificou Clayton como suspeito do roubo “após trabalho de polícia judiciária”. A vítima reconheceu o suspeito e uma mulher como autores do crime, segundo a pasta.

A SSP ainda afirmou que “qualquer denúncia de irregularidade pode ser notificada à Corregedoria da Polícia Civil”.

Já a Secretaria Estadual da Educação (Seduc) disse que a Diretoria de Ensino Centro Sul e a unidade de ensino “estão à disposição das autoridades policiais para mais esclarecimentos e entrega de documentos como folhas de ponto, declarações, entre outros”.

A pasta informou que o professor terá seu contrato suspenso por tempo indeterminado até que as investigações e o processo em trâmite na Justiça sejam esclarecidos.

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