A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Braskem do Senado Federal aprovou, nesta terça-feira (21/5), o relatório final do senador Rogério Carvalho (PT-SE). O documento prevê o indiciamento de três empresas e de 11 pessoas por crimes ambientais.

O colegiado investigou as causas do afundamento do solo de diversos bairros de Maceió, capital de Alagoas.


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O parecer do relator foi apresentado na última quarta-feira (15/5). A CPI analisou diversos documentos e depoimentos sobre a exploração de sal-gema na capital alagoana desde a década de 1970.

Rogério Carvalho destacou que não foi possível identificar o momento exato em que a extração do mineral se tornou “ambiciosa”, mas ressaltou o envolvimento da Braskem no afundamento de Maceió.

“Concluímos que a Braskem sabia da possibilidade de subsidência [afundamento] do solo e mesmo assim decidiu deliberadamente assumir o risco de explorar as cavernas além da capacidade segura de produção”, enfatizou o relator Rogério Carvalho.

Relatório da CPI não pediu indiciamento de agentes públicos

O relatório não pediu o indiciamento de agentes públicos responsáveis pelo licenciamento ou fiscalização da mineração da petroquímica.

No entanto, sugeriu que o Ministério Público realize mais diligências para investigar possível prevaricação dos ex-ministros de Minas e Energia Moreira Franco (2018), Bento Albuquerque (2019-2022) e Adolfo Sachsida (2022).

A Braskem extraia sal-gema nas proximidades da Lagoa Mundaú, em Maceió. O item é explorado para fabricação de PVC.

A CPI foi instalada depois de um pedido de requerimento apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) para investigar a responsabilidade da Braskem no afundamento de solos dos bairros alagoanos.

Além do indiciamento de dirigentes da petroquímica, o relatório do senador Rogério Carvalho apresentou três projetos de lei (PL) e um projeto de lei complementar (PLP) para amparar o poder do Estado na regulamentação da exploração mineral.

O que diz a Braskem

A Braskem informou que colaborou ao longo de toda CPI e continua à disposição das autoridades sobre o caso.

“A Braskem reitera que esteve à disposição da Comissão Parlamentar de Inquérito, colaborando prontamente com todas as informações e providências solicitadas. A companhia continua à disposição das autoridades, como sempre esteve.”

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