Servidores do Banco Central (BC) aceitaram nesta quarta-feira (24/4) a recomposição parcial dos salários proposta pelo governo federal. Foi oferecida uma correção média de 6,7% nos vencimentos a partir de janeiro de 2025 e de 10,9% em maio de 2026. Embora tenham aceitado a proposta, os trabalhadores deixaram claro estar “insatisfeitos” com o valor proposto pelo Ministério da Gestão e Inovação (MGI).

Um pleito histórico foi acatado pelo governo federal, a mudança na nomenclatura de cargo dos servidores de nível superior da carreira de Especialista do Banco Central. Os analistas agora passam a se chamar “auditor”, conforme a nota da Associação Nacional dos Analistas do Banco do Brasil (ANBCB).

O principal questionamento e motivo de os servidores estarem insatisfeitos é que eles calculam uma perda inflacionária acumulada de 37%. “Na avaliação dos servidores, o movimento em prol da valorização da carreira de especialista do Banco Central junto ao MGI se encerra com um sentimento de frustração”, diz trecho da nota.

Outra questão ressalvada pelos servidores é que agora teria havido um alongamento na carreira, passando de 13 para 20 a quantidade de níveis. Eles citam ainda que “os principais pontos”, como a eventual correção de “assimetrias” em relação a outras carreiras do Poder Executivo não foram resolvidas.

Ao fim da nota, a associação argumenta que o não encerramento das negociações faria com os prejuízos fossem maiores, uma vez que não haveria qualquer reajuste. “Sob o risco de sair do momento atual com uma assimetria ainda maior, os servidores do Banco Central se viram obrigados a aceitar a proposta”.

O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) também divulgou nota comunicando que a negociação foi encerrada. “O próximo passo é a assinatura do Termo de Acordo com o Governo Federal, o que deve acontecer nos próximos dias”, afirmou, também em nota.

A mobilização foi iniciada em janeiro de 2023. Os servidores do BC estão desde julho daquele ano em operação padrão. Em janeiro deste ano, eles chegaram a realizar uma greve de 24 horas. Em 18 de abril deste ano, outra proposta do governo federal foi apresentada, mas os servidores a rejeitaram.

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